Não é difícil aprender a como abrir um escritório de advocacia. Só é preciso saber por onde começar a planejar e quais passos seguir para que o escritório possa começar a receber clientes e formar uma receita para ter sustentabilidade.
O essencial, para começar, é ter paciência para não pular etapas. Encontrar o local, comprar os móveis, contratar os serviços que serão necessários, geralmente, é por onde a maioria quer iniciar. Mas um bom começo não é por aí. Muito antes disso, para realmente conseguir consolidar o escritório de advocacia, é fundamental montar um Plano de Negócio. No site do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) tem um passo a passo completo para consulta gratuita. Complementamos alguns dos pontos principais a se considerar na hora de planejar como abrir um escritório de advocacia.
O que é preciso saber sobre como abrir um escritório de advocacia
1- Pesquisar sobre o assunto
O principal (e o que, aparentemente, já está sendo feito) é pesquisar sobre o assunto. Encontrar boas referências para obter um direcionamento sobre como abrir um escritório de advocacia é a base para entender tudo o que é necessário para poder começar a atuar na área do Direito. Enquanto a pesquisa é feita, é válido anotar o que for sendo descoberto, as ideias que surgirem e os exemplos que parecerem interessantes para por em prática.
Tudo pode fazer parte de uma lista única e, depois de a pesquisa ser encerrada, as anotações podem ser separadas em blocos. Por exemplo, tudo o que for sugerido como orientação para atendimento ao cliente pode fazer parte de um bloco e tudo o que for relacionado a serviços que o escritório pode precisar, pode ser incluído em outro bloco. Esse material servirá de base para a formulação de cada fase do Plano de Negócio e será a base de como espera-se que seja o escritório de advocacia.
2- Localização
A pesquisa pode apontar qual é a melhor localização: próximo às empresas? Perto de hospitais? Vizinho ao Tribunal? Tudo depende. Há que se considerar que advogados precisam estar constantemente no Tribunal. Também que, dependendo da área de atuação e da demanda, pode haver essa mesma constância de visitas aos clientes.
Há que se pesar, ainda, os custos. Por exemplo: quanto será necessário para a aquisição ou aluguel de um imóvel próximo ao local identificado como o mais adequado para o escritório? Será possível pagar esse valor até haver rentabilidade? Ou, talvez, seja mais interessante iniciar o atendimento em um escritório compartilhado ou coworking?
É bom avaliar os prós e contras dessas questões antes de determinar o melhor espaço para abrir o escritório de advocacia para que ao iniciar o atendimento o foco principal possa estar no cliente e não em questões operacionais.
3- Área de atuação
Uma das definições que precisa ser feita quanto à área de atuação é se o escritório vai atender a pessoas físicas ou jurídicas, pois há diferenças na forma de tratamento, no atendimento e na maneira de se comunicar com ambas.
Com a pessoa jurídica, o advogado precisa se posicionar de forma mais formal, pode empregar termos técnicos e o formato de atendimento é mais detalhado. Já a pessoa física exige que o advogado seja mais presente e disponha, por exemplo, de um celular com o qual ela possa entrar em contato. A pessoa física requer um atendimento mais direto, mais que a pessoa jurídica.
A partir da definição do público com quem deseja trabalhar, o advogado tem outra decisão a tomar, referente a que tipo de trabalho quer prestar. Uma estratégia pode ser prestar assessoria jurídica em um âmbito que não é comum, com base no que a pesquisa demonstrou ser boas oportunidades de mercado.
4- Orçamento
O planejamento financeiro é um dos passos mais importantes e o estudo final necessário para colocar o Plano de Negócio em prática. Por isso, não se deve baseá-lo em suposições. Os cálculos para determiná-lo precisam ser reais.
Uma fonte que pode ser consultada acerca dos números são outros escritórios de advocacia. Procurar aprender com eles as melhores práticas de organização das finanças ajuda na conquista de mais segurança para a criação do próprio orçamento. Agendar uma conversa nesse sentido com os que são considerados referência na área em que se pretende atuar é uma saída estratégica interessante, especialmente para quem não sabe como estruturar as contas.
Uma vez feita a “lição de casa”, é fácil abrir o escritório de advocacia. E se no caminho algum ponto do planejamento parecer deixar de fazer sentido, ele pode ser revisto. O plano de negócio é um norte, e não uma lei que trará sérias consequências caso não seja cumprida. 🙂